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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fortaleza

Saindo de Canoa Quebra são aproximadamente 130 km até Fortaleza.  Esta cidade também já era uma velha conhecida nossa.
Encontrar um hotel lá foi a primeira vista complicado devido ao feriado prolongado. Mas quando tudo parecia perdido, os vigias de outros 2 hotéis nos indicaram um predinho que foi a salvação.  É um  tipo de hotel. São quartos integrados com cozinha e banheiro  e todas as facilidades que você precisar para preparar seus alimentos. Me senti em casa! Isto foi muito bom porque o Ricardo, logo no dia seguinte iria para  Belo Horizonte resolver algumas pendências e eu ficaria sozinha.  O apart-hotel se chama Boa Vida e recomendamos para qualquer um que queira passar uma temporada por lá. Fica pertinho em Iracema, super perto do Dragão do Mar e também da orla de Iracema (WWW.boavida.com.br) .  É um lugar inicialmente projetado para gringos. Prepare-se apenas para preparar seu próprio café da manhã. Para mim foi um alívio. Fui as compras e fiquei quase uma semana no hotel me sentindo em casa.
Enquanto o Riccardo deu seu pulinho em BH, eu encontrei uma velha conhecida do nosso roteiro.  A Lilian.  Nós a conhecemos, juntamente com o Willian lá em Caraíva, na Bahia. Ela já nos estava esperando por lá e foi ótimo. Saí com ela para conhecer o centro de Fortaleza e fomos a Cumbuco também.  Foi ótimo!  Quando o Ricardo chegou,fomos claro a Praia do Futuro e na sexta-feira, fomos a um barzinho muito legal chamado O Boteco(o sistema e os petiscos do bar são tudo de bom)  e de lá para um forró pé de serra ( Mukuripe). Conhecemos a Carla, amiga da Lilian e um português amigo delas que freqüenta  Fortaleza assiduamente  há vários anos.
Lilian, obrigada pela companhia. Esperamos te ver em BH ou Rio qualquer dia destes!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Canoa Quebrada

Entre Natal e Fortaleza há muitos lugares bacanas para serem visitados. Mas não dá para fazer tudo, né? (bem que eu tento). Então, escolhemos passar uns dias em Canoa Quebrada.  Apesar dos dois já conhecermos Canoa, quando estivémos lá foi num daqueles passeios de 1 dia que os turistas fazem quando estão em Fortaleza. Então decidimos que seria bom sentir um pouco mais desta vila descoberta pelos hippies nos anos 70.

Canoa tem uma energia muito boa. Não atingiu o nível de requinte como outros lugares por onde passamos mas conseguiu preservar as obras divinas da região maravilhosamente bem e dar conforto aos turistas que a visitam.



Em Canoa contratamos um guia que aproveitou o fato de estarmos em um 4X4 e mais uma vez nos colocou na água, na areia e nas dunas para conhecer bem a região (tadinho do meu carro!)  Visitamos inúmeras praias desertas, falésias incríveis e dunas magníficas. É um visual de tirar o fôlego. Foram mais de 30 km de praias maravilhosas até chegarmos a Ponta Grossa. Que beleza!





A noite de Canoa também parece ser animada nos finais de semana. Acabamos não aproveitando este lado do local  já que o fim de semana ainda estava por vir. E como já se aproximava o feriadão de 7 de Setembro e não tínhamos nenhuma reserva, achamos que seria mais fácil conseguir estadia em Fortaleza para esperar o alvoroço do feriadão passar e retornarmos a nossa tranquila viagem.


Natal e Genipabu

Até agora não tenho mesmo do que me queixar das capitais do Nordeste. São todas muito bonitas e agradáveis e claro que Natal não seria diferente.



Ficamos 2 dias por lá, hospedados em Ponta Negra. Fomos a praia, apreciamos as dunas e comemos muito camarão. Aliás, acho que será minha melhor memória de Natal: o restaurante Camarões. Nos 2 dias que estivemos na cidade não resistimos e jantamos no mesmo lugar. Também pudera, são tantas formas de se preparar o camarão que é impossível ir uma vez só.

Logo ali, bem ao lado de Natal está Genipabu. Na verdade a maioria das pessoas fica em Natal e vai passar o dia em Genipabu. Nós preferimos nos transferir para lá e ficamos em uma das poucas pousadas da vila (mas bem legal diga-se de passagem). A pousada Villa do Sol fica bem na beira do rio e o lugar é super calmo. Ótimo para quem quer descansar!



Durante o dia aproveitamos para fazer os passeios mais requisitados de Natal: a volta de bugue pelo Parque das Dunas. E com emoção.  Só ficamos um pouco incomodados com o vento que nesta época é um pouco forte. Então gritar na hora da emoção nem pensar ou é areia na garganta na certa!



O Ricardo tá querendo me matar por isto, mas quem está na chuva é para se molhar né. Então dá uma olhada no que fiz ele fazer me acompanhando:


Além das dunas, pegamos o carro e pudemos conhecer todas as praias ao norte de Genipabu. São bem menos agitadas que as de Natal e também super agradáveis. Sem contar nas lagoas da região e outros atrativos que eles buscam para atrair o turista. O mais engraçado foi a travessia de balsa. Parece que depois da Foz do São Francisco, cada vez que temos que pebar uma balsa ela é menor. Juro que se houver outra menor que a de Genipabu, eu vou nadando!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pipa

Saindo de João Pessoa, foram pouco mais de 130 km até chegarmos a Pipa. Eu já havia ouvido falar do lugar mas não fazia idéia de como era. Sabia que muita gente vai para Natal e em um dos dias faz um passeio a Pipa tipo bate-volta.

Mas esta não é a melhor maneira de se conhecer Pipa e os estrangeiros sabem bem disto. Pipa fica ao lado de Tibau do Sul e acho que foi mais desfrutada pelos Europeus que  pelos brasileiros. A maioria dos estabelecimentos (pousadas, restaurantes) pertencem a estrangeiros. São mais de 150 pousadas, inúmeros restaurantes e aquele charmoso centrinho com lojinhas e vida noturna bem agitada. Tem até cinema na praça nos fins de semana.

Como era baixa estação encontrar pousada também não foi problema. Tem para todos os gostos e bolsos. Ficamos na Pousada Beach House da Fátima e do Paulo. Foi ótimo! Íamos ficar apenas 2 dias e  ficamos 4. Nos sentimos como se estivéssemos em nossa casa de tão a vontade.



Tudo isto a parte, para entender porque Pipa é provavelmente um dos lugares mais visitados do Rio Grande do Norte é preciso ficar por lá alguns dias e fazer os diversos passeios oferecidos. São dunas, falésias, rios, mar, lagoas, tudo junto. Tem passeio para ver golfinhos, passeio de buggy enfim, parado é que não dá para ficar.

A natureza foi extremamente generosa nesta região. Se um dia planejarem ir a Natal, reservem alguns dias para ficar hospedados em Pipa. Tenho certeza de que não irão se arrepender.

O melhor passeio que fizemos por lá foi de carro pelas praias até chegarmos a Baía Formosa e a divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba.  Foi super emocionante. Contratamos um guia que nos ensinou a andar na areia e nos levou nos melhores pontos para comer, beber (tem algumas cachaçarias no caminho onde pode-se desgutar mais de 40 tipos de cachaça)  e tirar fotos.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

João Pessoa

Finalmente chegamos a Paraíba! João Pessoa é tudo o que imaginávamos mesmo. Uma capital tranqüila, organizada, limpa, mais segura e super agradável.


Ficamos na Pousada dos Anjos (indicação do Wilson e da Rafaela).

Logo ao chegar, visitamos a orla e descobrimos muitas choperias e restaurantes interessantes na cidade.



No dia seguinte, visitamos o centro histórico da cidade. Há edifícios e igrejas muito bonitos na parte alta e antiga.

João Pessoa, tal como Maceió parece ainda estar em crescimento. Há muitos prédios sendo levantados, terrenos com excelente localização a venda... enfim, espaço para muito desenvolvimento.

Saindo da parte antiga da cidade, visitamos o ponto mais oriental das Américas: a Ponta do Seixas.




Aproveitamos o dia para colocar algumas coisas em ordem: um corte de cabelos, uma ida ao salão e alguns mimos já faziam falta a estes viajantes!

Para fechar o roteiro, jantamos no restaurante Tábua de Carne (restaurante de comida típica da região). Pedimos a carne de sol a moda da casa. Um prato divino! Carne de sol suculenta, com paçoca (mais carne-de-sol socada com farinha), arroz de leite, purê de queijo, macaxeira, feijão de corda e vinagrete. Ufa! Não demos conta de tanta comida mesmo! E amanhã tem mais!

Ilha de Itamaracá

Seguindo dicas de nativos, decidimos entrar na Ilha de Itamaracá, no caminho entre Recife e João Pessoa.


A Ilha até tem muito potencial turístico mas infelizmente está um pouco abandonada. Mesmo assim decidimos passar a noite lá para conhecê-la melhor no dia seguinte.

Há poucas pousadas na Ilha e acabamos nos hospedando com um simpático casal na Pousada Refúgio do Forte. Foi outra noite de intensa caça as muriçocas (e desta vez tínhamos 2 difusores de parede ligados). Mas eles eram maioria. Sem exagerar, o Ricardo (meu herói) matou fácil mais de 20 pernilongos.


No dia seguinte fomos conhecer a famosa Ilha da Coroa do Avião. Uma ilha pequenina no braço de mar entre a Ilha e o continente, o Forte Orange, o projeto Peixe-Boi e a praia do Sossego. É um lugar com muita história (os holandeses estiveram por ali durante muito tempo) e praias bonitas. Já foi, há alguns anos, uma região mais visitada que Porto de Galinhas. Por algum motivo (que não é a beleza), Porto evoluiu mais e Itamaracá ficou estagnada. Hoje muita gente diz que em breve a Ilha será novamente a bola da vez. Tomara! Há muita beleza a ser explorada na região.

Vitória, Recife, Olinda

Nossa intenção era passar o dia seguinte em Recife e só no Sábado ir para a casa de minha prima Rafaela em Vitória (não queríamos atrapalhar a rotina de trabalho deles). Mas dadas as circunstâncias, na manhã seguinte, logo que fomos “expulsos” do Motel, liguei para minha prima que imediatamente nos acolheu e hospedou.


Vitória de Santo Antão fica a 40 km oeste de Recife. Super perto. Apesar de estar ansiosa por passar um tempo com a família, achamos melhor não atrapalhar muito a dinâmica da sexta-feira e aproveitar o tempo para conhecer algo da região.



Assim, deixamos as malas por lá, almoçamos e voltamos para conhecer Olinda. Já era quase noite, mas eu me apaixonei pela cidade. Contratamos um guia que nos levou pelas ladeiras e igrejas, contando as histórias da cidade. Terminamos a visita na Bodega do Véio. Um interessantíssimo estabelecimento. Uma “venda” no melhor estilo interiorano porém com produtos que vão desde pedaços de corda, Bombril e macarrão até vinhos e Champagnes Veuve Cliquot na prateleira. Tudo em um espaço mínimo. Mas a maioria das pessoas não vai lá fazer compras não. As pessoas vão é para tomar uma cerveja estupidamente gelada no balcão e comer um prato de frios fatiados na hora, ou uma salada de bacalhau ou uma perfeita empada. Tudo isto em pé, no balcão ou na calçada, ao som de um improvisado forró no meio da rua. Simplesmente o máximo!




De volta a Santo Antão, reencontramos com o Wilson (esposo da minha prima) e a Rafaela tentando colocar o Pedro e a Júlia para dormir.

No Sábado, curtimos um pouco o seio familiar. Brincamos com as crianças e jogamos muita conversa fora. Já fazia muito tempo que eu não via minha prima.

A tarde, o Ricardo e eu levamos a Júlia para passear e fomos conhecer Gravatá. Uma cidade serrana, no interior do estado e que atrai os pernambucanos por ter um clima mais frio. Como definiu um pernambucano: o Recifense tem 3 casas. Uma em Recife, uma no litoral em alguma praia como Itamaracá ou Tamandaré e outra em Gravatá. Esta última só usada no inverno para que possam sentir um pouquinho de frio.

O final de semana com a Rafaela, o Wilson e as crianças foi ótimo! Esperamos não ter dado muito trabalho e adoramos conhecer o Pedro (6 meses) e brincar com a Júlia.

Recife, Parte I

Chegamos a Recife por volta das 17 horas. Nosso primeiro passo foi procurar um hotel. Era uma Quinta-feira. Nossa missão parecia fácil, pois, o guia 4 Rodas indicava inúmeros hotéis na cidade. No entanto, para nossa surpresa, a cidade estava completamente lotada. Dos 5 aos 2 estrelas, os hotéis estavam lotados. Passamos por pelo menos 25 hotéis e ligamos para mais alguns. Nada. Todos lotados. Segundo eles, havia muitos congressos e eventos na cidade naqueles dias.


Sem esperanças e cansados (o relógio já marcava 21horas) optamos por retornar a Porto de Galinhas ou Cabo de Santo Agostinho para conseguir uma pousada para a noite. Já nos distanciando um pouco de Boa Viagem, mas ainda em um bairro residencial da cidade, vi um letreiro que indicava: Forum Hotel. Eureka! Este TEM que ter vaga. No caminho pedi informações para chegar ao hotel mas o guarda noturno não soube indicar. Até que uma mulher, que a princípio me observava com desconfiança, se aproximou e me ensinou o caminho das pedras. Alguma coisa me dizia que havia algo de estranho. Tive medo de que fosse um destes hotéis de passo para prostitutas. Logo perguntei a mulher: Lá é tranquilinho? Ela deu uma risada tímida e disse: é bom sim.

Que hotel que nada. O Forum era mesmo um Motel. Agora sim entendi a risada a mulher. Bom, como diz o ditado, quem não tem cão caça com gato. Ficamos por lá mesmo. Não podemos nos queixar. O Motel era luxuoso e moderno.

Cabo de Santo Agostinho

Resolvemos fazer o caminho de Porto de Galinhas a Recife pela via costeira. E que boa decisão. Pudemos ver de perto o novo Porto e Complexo Portuário de Suape. Está lindo. Tomara que a industrialização e o próprio porto não comprometam as maravilhas do lugar.



Neste mesmo caminho pudemos conhecer Cabo de Santo Agostinho com suas igrejas antigas, mosteiros, construções que confirmam a passagem dos holandeses por aqueles lados. São paísagens incríveis e uma história muito rica. Foi lá que eu ouvi falar pela primeira vez (ao menos que me lembre) que o Brasil na verdade não foi descoberto pelos portugueses mas sim pelos espanhóis em 1500 mesmo, porém em Janeiro. Bem, polêmicas a parte, o fato é que a região está recheada de história e monumentos a serem visitados. Muitos deles mal cuidados, é verdade, mas tenho esperança de que algum dia começaremos a valorisar nossa história e tentar preservar tudo isto que hoje fica abandonado.




Em nossas andanças conhecemos várias praias como Calhetas, Gaibu e do Paraíso.  São praias bem peculiares e famosas na região. É um portão e tanto de entrada a Recife....

Porto de Galinhas

Porto está super próximo a Carneiros. Minhas expectativas em relação a este lugar em especial eram as mais altas possíveis. Não é para menos. Destino turístico hiper badalado, considerada uma das melhores praias do Brasil...


O Ricardo já havia estado por lá há uns 8 anos. Mas nem reconheceu o lugar assim que chegamos tamanha mudança e crescimento do distrito. Conseguir pousada não foi difícil.

Instalados, fomos conhecer (re-conhecer para o Ricardo) o centrinho de Porto. Era fim de semana, mas ainda da baixa temporada. A cidade estava muito cheia. Isto nos surpreendeu um pouco porque até então estávamos acostumados a restaurantes vazios, sermos os únicos ou quase únicos hóspedes nas pousadas e hotéis, escolher a melhor cadeira na praia etc. Em Porto não foi bem assim. Ficou claro que com tanta divulgação, tranqüilidade é o que você não vai encontrar por lá. Bem, a menos que fique hospedado em um dos fabulosos resorts instalados ali perto. Mas se quiser ir jantar no centro ou passear pelas lojinhas, prepare-se para ver muita gente. Ficamos nos perguntando como seria a vila em alta temporada. Sinceramente, não quero nem saber!

No dia seguinte optamos por mudar de pousada (inicialmente estávamos hospedados no centro). Encontramos um hotel na beira-mar bem longe da vila e bem mais tranquilo. Agora sim!



Passamos em Porto um total de 4 dias. Fizemos caminhadas pelas praias, ficamos descansando e curtindo um dia de chuva no hotel, fomos ao centrinho diversas vezes, comemos a melhor tapioca do Brasil e fizemos o passeio para ver os cavalos marinhos.



Este último foi bem legal, pois não é em qualquer lugar que se vê cavalos marinhos. Os guias mergulham próximo aos manguezais na hora e tentam capturar um cavalo marinho que é colocado em um vidro com água para apreciação do turista.



Realmente Porto é muito bonito e as piscinas naturais são interessantes (apesar de já termos visto piscinas em vários lugares). Vale à pena conhecer. Mas, particularmente acho que as vezes menos é mais. E neste caso Porto de Galinhas já está demais. Cresceu muito e muito rápido e talvez isto tenha, a meu ver, comprometido um pouco do charme do lugar.