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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eu vou, eu vou, pra Chapada agora eu vou.....

Pois é, a cada passo que damos conhecemos pessoas e somos motivados a visitar mais e mais lugares. Com a Chapada foi assim. Sempre quisemos conhecer mas realmente não estávamos considerando ir até lá desta vez. Simplesmente aconteceu.

Saímos de Boipeba e seguimos rumo a Lençóis, na Chapada Diamantina. Inicialmente pensamos em ficar uns 2 dias só para ter uma idéia de como é e depois seguir viagem. Bom, já estamos aqui há 4 dias e ainda não sabemos quando vamos embora. É MUITO bom! Acho que se ficarmos aqui 15 dias teremos coisas novas para conhecer todos os dias. Claro que não vamos ficar tanto tempo mas talvez mais uns 2 dias...

Lençóis é a cidade mais estruturada da Chapada. Adoro esta palavra e vou acabar usando de novo: charmosa. Mas Lençóis também é assim. Muita gente legal, uma cidade com casas antigas, restaurantes legais, mercadinhos... fofa!

De Lençóis é possível fazer muitos dos passeios da Chapada. Mas o bom mesmo é ir rodando entre as cidades da região: passar 3 dias em Lençóis, 2 no Capão, fazer a caminhada pelo Vale do Paty que dura 4 dias, se hospedar mais uns 2 ou 3 dias em Mucugê.... Acordar bem cedo todos os dias e se preparar para caminhar pelo menos 5 horas por dia. (bom, tem uns programas light também).

Ficamos hospedados na Pousada Raio de Sol. A dona da pousada é a Rita. Super bacana e nos fez sentir em casa. Aqui conhecemos uma turma muito legal e acabamos fazendo os passeios com eles: Cláudia, Thayná e Isaías. Os três são de Recife. Fizemos também alguns passeios com a Kátia de São Paulo que está aqui com a filhinha dela Laura.

Todos os dias contratamos um guia que nos levou nos principais lugares da região. No primeiro dia visitamos o Serranio, Salão das areias coloridas, cachoeira Primavera e Cachoeirinha. Fomos também ao mirante de onde pudemos ver a cidade toda e uma vista linda desta parte da Chapada.




A água aqui, assim como em Ibitipoca, é cor de Coca-Cola. Isto devido aos minerais e matéria orgânica decomposta. Mas é limpinha e dá para beber. Só não recomendam tomar muito porque pode ter efeito laxante.



Como o dia estava lindo, de lá fomos direto subir o Morro do Pai Inácio. Para mim, o lugar mais especial da Chapada. Lá de cima a vista é linda! Dá para sentir a mão do criador. É uma paz, uma sensação indescritível.







Ainda no mesmo dia visitamos a Gruta de Torrinha. É uma caverna enorme cheia de formações de estalactites, estalagnites, agulhas de gipsita (o tesouro da caverna), helectites com flores de aragonita nas pontas etc... Segundo os geólogos e estudiosos, esta é uma das cavernas mais completas em formações do mundo. Transitar dentro dela é uma aventura a parte. São 3 horas em um sobe, desce, agacha, arrasta, pula, engatinha.... O guia só leva um lampião e a caverna é completamente escura. Em determinado momento, já antes de ir para a saída (bem longe dela na verdade), o guia apaga o lampião e faz-se silêncio absoluto. A sensação do silêncio e escuridão total são perturbadores. Muita gente vem de longe só para meditar dentro da caverna.












 






Sei dizer que no outro dia, depois de tanta caminhada etc, e considerando minha excelente forma física, subir os degraus da Pousada foi um suplício... O Ricardo, claro, nem sentiu. Para ele foi moleza. Só cançasso físico mesmo. Mas nada como um dia após o outro né?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Boipeba



Para chegar a Boipeba tivemos que um pacote de passeio que dá uma volta na ilha. É também uma lancha rápida e no percurso paramos em Cairu (Boipeba faz parte de Cairu). É a segunda cidade mais antiga do Brasil. Lá, fomos visitar o Mosteiro Franciscano. Lindíssimo mas ainda está em restauração. E pelo visto há muitos anos. Alguns dos casarões mais antigos da vila nem sequer estão tombados. É uma pena não preservarmos nossa história....

De Cairu o barco segue para Canavieiras, uma pequeníssima vila de pescadores que se dedica a produção e venda de ostras. Eles armam espécies de barracas flutuantes bem no meio dos canais onde cultivam as ostras e recebem os turistas para degustá-las. Super interessante.



Para chegar a Boipeba, o condutor da lancha parecia costurar o rio em um zig-zag suave mas preciso. Sem entender o motivo de tantas idas e vindas, apenas nos divertimos. Bom, isto foi até sabermos o nome do rio: Rio do Inferno. Por algum motivo ele deve ter este nome.

No outro dia, com a maré baixa, pudemos entender o motivo dos zig-zags e do nome do Rio. Nele há enormes bancos de areias só visíveis com as águas baixas. Na maré alta, só mesmo a destreza dos navegadores para evitar que a lancha encalhe. O nome do rio se deve em parte a isto. Na época da colonização, os Holandeses estavam tentando tomar a região. Como em Morro de São Paulo há um forte, eles não conseguiam passar. Então descobriram o caminho por trás da ilha que passa por este rio. Acontece que as embarcações acabavam todas encalhando nos bancos de areia. Como nas margens dos rios existiam índios canibais, já dá para imaginar o resultado né.

Boipeba é uma ilha especial. Muita natureza e praias exuberantes. Logo na chegada, após nos acomodarmos, decidimos dar uma olhadinha ali do lado, sabe...aquele ali de mineiro. Mas acabamos caindo numa praia deserta. Lá encontramos vários pedaços de corais e conchas lindas. O Ricardo decidiu iniciar uma coleção destes itens para montar um aquário no Rio. Catamos alguns corais grandes e pesados. Distraídos, não nos demos conta de que a maré foi subindo. O jeito foi encarar algumas trilhas no meio do mato que caiam na praia e depois no mato de novo, até entrarmos em pânico. Estamos perdidos! O jeito foi rezar. Aí ouvimos vozes e risos de crianças. Eram turistas estrangeiros andando pela praia encarando a maré alta. Mal sabíamos que estávamos já do lado da praia da cidade. Ufa, foi um alívio chegar.... Ah, e ainda com os corais na mão. Um turista até perguntou se estávamos pagando promessa...

Na ilha havia uma quantidade enorme de espanhóis. Acontece que eles estavam lá a trabalho. Estão filmando um reality show para um canal espanhol que será exibido por lá em Setembro. São 3 meses de gravações na ilha. Se chama “La Posada” e se trata de vários casais que passam por várias provas de adaptação. Os vencedores terão direito a arrendar uma pousada na ilha por 1 ano. Não deve ser mau negócio não, viu.

No outro dia fomos conhecer o outro lado da ilha, a praia de Moreré. O único jeito de chegar até lá é de trator. Conhecemos um pessoal de São Paulo e dividimos o transporte coletivo. A praia é linda!


Comemos umas lagostas recém pescadas.



Mas para quem for a Boipeba, não deixe de comer uma moqueca de camarão com banana da terra no restaurante Panela de Barro. É maravilhosa!
Achamos que no dia seguinte já era hora de seguir viagem. Mas, pra onde?

sábado, 24 de julho de 2010

Morro de São Paulo



Morro de São Paulo
Saindo de Barra Grande fomos direto para Morro de São Paulo. Morro é uma ilha e, portanto, só acessível por barco. Deixamos nosso carro em um estacionamento bem próximo ao porto em Valença. Depois pegamos uma lancha rápida (vale muito mais a pena que o barco convencional) e chegamos a Morro 40 minutos depois.
Não é a toa que Morro tem este nome. A chegada é uma ladeira só. É mesmo de perder o fôlego! Ainda bem que os baianos deram outro uso ao carrinho de mão. Só eles para carregarem as bagagens das dezenas de turistas que chegam à ilha todos os dias ladeira acima.
Como é baixa temporada, encontrar pousada também não foi problema. Conseguimos uma logo na primeira praia. O melhor de tudo foi a vista. Nosso quarto tinha uma varandona de fora a fora com vista total para o mar. Uma delícia!
Ficamos em Morro 4 dias. O tempo melhorou um pouco, mas de vez em sempre caía uma chuvinha que durava uns 10 minutos e depois o tempo começava a abrir. Deu para pegar uma prainha e aproveitar os dias apesar disto. Fizemos caminhadas até as outras praias e visitamos o povoado todo.
O mais bacana foi descer na maior tiroleza do Brasil. Deu friozinho na barriga, mas valeu a pena.


Outra coisa legal foi ver o por do sol na Toca do Morcego ao som de muito MPB e o bailado dos golfinhos ao fundo.


Em determinado momento nos perguntamos em que país estávamos. Na nossa pousada, por exemplo, além dos donos, nós éramos os únicos a falar português. E o interessante é que muitos destes turistas vieram ao Brasil exclusivamente para visitar Morro de São Paulo, tamanha a fama do local no país deles (Chile, Holanda, França, Argentina, Israel...)


Lá em Morro acabamos coincidindo com a Liliane (irmã do Daniel) e o Gilmar com os meninos. Eles estavam passando as férias lá e nós pudemos jogar um pouco de conversa fora e tomar uma cervejinha juntos. Foi ótimo!
De Morro é possível fazer vários passeios pela região (todos de barco, claro). Um dos mais importantes é visitar a ilha de Boipeba. Como estamos com tempo e disposição, achamos melhor ir para Boipeba e ficar por lá mesmo. Então, vamos lá.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Barra Grande e a guerra dos mosquitos!

A 50 km de Itacaré está Barra Grande, um pequeno povoado que faz parte da península do Maraú. É possível ir até lá de carro partindo de Itacaré, mas a estrada estava ruim então decidimos ir de carro até Camamu e de lá pegar um barco que após 1 hora e meia atraca na península. A viagem é até agradável.

Barra Grande é em alguns aspectos parecida a Caraíva: ruas de areia, povoado simples e menor infra-estrutura que nos demais locais. Mesmo assim encontramos boas opções de pousadas e restaurantes. Resolvemos passar a noite por lá para poder visitar no dia seguinte a praia de Taipu de Fora onde se forma, na maré baixa, uma piscina natural maravilhosa. Fomos informados pelos moradores de que a maré baixa do dia seguinte seria às 5 horas da manhã e duraria algumas horas. Fomos dormir cedo com a intenção de no dia seguinte caminhar os 10 km de praia entre Barra Grande e Taipu de Fora e chegar a tempo de visitar a piscina natural.


Até aí tudo bem. O problema foi dormir. Os pernilongos não nos deixavam em paz. Porque será que eles gostam de sobrevoar o nosso ouvido? Podiam só sugar nosso sangue em silêncio e cair fora, né?

De madrugada, desesperados e sem dormir, levantamos para passar repelente no corpo todo já que o Protector não estava funcionando. Mas os pernilongos persistiram. Não teve jeito. As 4:30 da manhã a cena era a seguinte: Ricardo e eu com toalhas em punho fuzilando pernilongos nas paredes do quarto. Matei um! Mais um! E assim fomos até nos darmos conta do horror de sangue espalhado nas paredes. Já eram 6 da manhã. Muitos pernilongos ainda estavam lá. Ah, descobri que um dos motivos de termos tido tanto trabalho com eles foi porque o Ricardo colocou o Protector na tomada mas esqueceu do detalhe mais importante: o refil. Já estávamos exaustos de matar pernilongos e não conseguir dormir. O jeito foi mesmo aproveitar o nascer do sol e iniciar nossa caminhada.

Confesso que agüentei os 10 km de caminhada sem ter dormido nem tomado café da manhã só pela ansiedade de visitar Taipu de fora. Todos falaram maravilhas do lugar e as fotos são inacreditáveis.

Bom, nem comento minha decepção ao chegar lá e descobrir que a piscina só se formou exatamente entre 5 e 6 da manhã naquele dia. Como já eram 8 da manhã tive que me contentar com uma praia bonita, porém deserta e normal já que o mar havia subido e a piscina estava encoberta. Para piorar um pouco, eu estava faminta e nenhum café da manhã era servido lá (há restaurantes, mas só para almoço) e o transporte de volta ( que é uma jardineira), só passava com certeza no final da tarde. Nossa outra opção era voltar andando, porém meu excelente preparo físico e a subida da maré dificultavam um pouco esta opção. Moto- taxi nem pensar porque a estrada estava tão ruim que carro pequeno não passava.

Graças a ajuda da dona do Restaurante das Meninas conseguimos contratar uma jardineira para que fosse nos resgatar as 9:30 da manha, e ainda chegar a tempo de devorar o café da nossa pousada. As 11:10 já estávamos no barco em nosso trajeto de 1hora e meia de volta a Camamu para pegar o carro e seguir viagem até Valença onde pegamos outro barco que nos levou a Morro de São Paulo. Ufa, que dia!





Barra Grande, apesar dos pernilongos e de não termos visto a piscina natural, é muito linda. Um dos poucos lugares de beleza exuberante ainda não muito visitados. Valeu muito pelo belíssimo pôr-do-sol que vimos da Ponta do Mutá e também pelo Arrumadinho de charque e feijão que comemos no restaurante Dona Senhora.

domingo, 18 de julho de 2010

Itacaré

Esqueci de comentar que antes de chegar a Ilhéus, resolvemos ir conhecer a Ilha de Comandatuba. É bem perto de Ilhéus e estava mesmo no nosso caminho. Pobres inocentes. Pobres mesmo! Fomos “barrados no baile”, ou melhor, no cais. Só entra na Ilha quem tem reserva no hotel Transamérica. Como nós não tínhamos e o hotel só fica um pouquinho acima do nosso orçamento, nossa curiosidade pela ilha passou rapidinho! O jeito foi dormir no nosso ótimo hotel em Ilhéus mesmo.

Depois de Ilhéus, passamos três dias em Itacaré. É um lugar que definitivamente vale à pena. Infelizmente não pudemos aproveitar tanto, pois choveu quase o tempo todo. Uma chuva muito louca: 15 minutos de chuva, uma hora sem nada, mais 15 minutos de chuva e assim por diante. Disseram-nos que nesta época do ano a umidade por lá chega a 95% (será??). Enfim, lá ficamos hospedados na Pousada do Lawrence, bem na rua principal. Foi outra pousada de “cinqüentão” como dizia o Leonardo de Trancoso ( guia local: e aí patrãozinho, uma pousada de cinqüentão?). A pousada era bem simples, mas com o que precisávamos. Bom, bem que eu queria ficar no Txai, né, junto com o Sarkozy e a Carla Bruni, mas ela estava como o Transamérica, um pouquinho acima da nossa média de cinqüentão!




Itacaré tem ótimas pousadas e vários restaurantes e lojinhas. Tem ainda muitas opções de passeios e praias interessantes. Cachoeiras e esportes radicais também estão no roteiro. Todas as noites tem festa.




Apesar do mau tempo deu para ter uma boa idéia do lugar. Foi lá que reencontramos o Willian e a Lilian, o casal da foto de Trancoso. Eles já estavam lá há dois dias e aproveitamos uma das noites chuvosas para usar a cozinha comunitária da pousada do Lawrence e fazer um espaguete e tomar um vinho. Foi bacana.


Também foi em Itacaré que descobrimos o cacau torrado. Uma delícia! Pode-se comer puro como um amendoim moído ou em cima de frutas, sorvetes etc. Mas bom mesmo é combinar um punhado do cacau torrado com um pedacinho de chocolate ao leite ao estilo “tapa na boca”. Muito bom!
Certamente voltaremos lá um dia

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Porto Seguro, Canavieiras, Ilhéus

Depois de Trancoso, resolvemos passar um dia em Porto Seguro. Surpreendentemente Porto segue bem parecido ao que já conhecíamos. Por isto ficamos apenas um dia lá.

O bom desta viagem está sendo a baixa temporada. Estamos conseguindo pousadas e hotéis baratos, na faixa de R$50,00 a R$80,00. Só em Porto acabamos pagando um pouco a mais (R$100,00). Depois de comer um ótimo grelhado de mariscos no Recanto do Sossego e passear a noite pela Passarela do Alcool, resolvemos seguir caminho no dia seguinte.



Conforme as indicações do Celsão, saindo de Porto passamos por Cabrália, onde tomamos a balsa e chegamos a Santo Antonio. Lá visitamos o maior Santo Antonio do mundo (nada muito especial, mas algo para se fazer no caminho). A idéia era conhecer Canavieiras rapidamente e chegar a Ilhéus.



Almoçamos em Canavieiras. Detalhe, fomos pela estrada de terra. Não façam isto. Demoramos umas 2 horas e meia para fazer 80 km (égua! ou como diz o Ricardo, vaca!)

Por fim chegamos a Ilhéus. Já era noite mas decidimos nos hospedar no centro histórico para ficar mais fácil de conhecer o local. Bem, o hotel até que foi barato (R$60,00) mas nem comento. Só digo que pela primeira vez o Ricardo acordou cedo para sair, tal o naipe do lugar....

Enfim, em Ilhéus comemos petiscos no famoso Bar Vesúvio, um dos lugares principais do romance Gabriela, Cravo e Canela. Visitamos a Casa da Cultura Jorge Amado e o centro histórico. Certamente Ilhéus ainda tem praias e outros lugares interessantes para se visitar, mas nos demos por satisfeitos com o que vimos. Agora, é subir para Itacaré.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ainda em Trancoso....

Trancoso é mesmo um charme. Atrás da Igrejinha tem um mirante de onde dá para ver a praia dos Nativos. É só ver as fotos mesmo.....









Ficar em Trancoso é legal porque é perto de tudo. Dá para ir a Caraíva, Praia do Espelho, Arraial e Porto. Então resolvemos pegar a estrada e ir até a famosa Praia do Espelho. Dizem que depois de Fernando de Noronha é uma das praias mais bonitas do Brasil. Realmente é de tirar o fôlego. A hospedagem e restaurante lá são bem mais caros. Fomos lá só passar o dia na Pousada do Espelho. A diária mais barata estava R$240,00 (cobrado como baixa temporada). Não é impagável mas considerando o resto da região está pelo menos 100% mais caro. Enfim, é um lugar que vale a pena visitar. Inclusive legal mesmo é ir de Caraíva ou de Trancoso a pé até lá. São mais de 12 km de caminhada pela praia só para ir. Acabamos indo de carro porque aproveitamos para ir a mais de um lugar, mas para quem tem fôlego é um passeio e tanto!

No Espelho há poucas pousadas comparadas ao restante dos lugares, mas é lindo! O nome espelho é porque em noites de lua cheia a lua reflete nas piscinas naturais formadas pelo mar e corais e a água fica deslumbrante, prateada. Então, o melhor momento para se passar uma noite no espelho e gastar alguns barões é em noite de lua cheia. As pousadas fazem fogueiras e a orla fica só iluminada a luz de velas para não estragar o show. Durante o dia, dizem que a melhor época é a partir de Setembro, pois não há chuvas e o mar está calmo. A água fica transparente... Bom, não é Setembro nem lua cheia, mas dá uma olhada no lugar:







Do Espelho seguimos na estrada de terra (péssima por sinal) até Caraíva. No caminho há uma tribo indígena para quem estiver a fim de conhecer algum artesanato local. Ao chegar a Caraíva, deixamos o carro no estacionamento a beira do rio (diária de R$5,00), pegamos uma mochila (e tem que ser mochila mesmo, nada de mala de rodinhas pois o asfalto nem conhece o local. As ruas são todas de areia fofa), e subimos no barquinho para fazer a travessia. A paisagem é linda.
Do outro lado do rio encontramos uma pequena vila de pescadores. A vila tem alguns restaurantes e pousadas. É bem menor que Trancoso. Quem precisar de um banco ou comprar cigarros pode esquecer. No máximo vai encontrar algumas vendinhas com o básico. Mas lá tem algumas pousadas legais. Ficamos na pousada Casa da Praia por R$80,00. Esta pousada é pé “na praia” ( já que todas são pé na areia rrss) e da janela do quarto dá para ver as ondas quebrando.... No outro dia, foram elas que nos acordaram... que ruim né.



À noite a diversão do local é ir para o forró. Mas infelizmente, justo neste dia, não houve forró, pois um nativo da região foi assassinado e a cidade fez luto. O Ricardo ficou super decepcionado. Ele estava muito a fim de demonstrar seu talento nato de dançarino, rsss. Por outro lado acho que foi até bom. Nos recolhemos cedo e sem confusão. Como o Ricardo só tinha camisa e tatoo do Flamengo, ficamos com medo de acharem que ele era o suspeito número 1...
Seguem algumas fotos da pousada e de Caraíva:



No outro dia, nos juntamos ao William e a Lilian que conhecemos em Caraíva e fomos de buggie para um lugar muito especial chamado Corumbau. Foram 30 minutos pelas praias e reservas indígenas num passeio fenomenal! É uma vila ainda menor que Caraíva (se é que isto é possível) mas linda. Há resorts maravilhosos e escondidos por lá. Super exclusivos do naipe de milionários e artistas Aliás vários da Globo tem casa por lá. A praia é um rio de tão calma. O atrativo do lugar é a Ponta de Corumbau, uma ponta de areia que saia da vila e entra por vários metros no mar. Este espetáculo é visto na maré baixa. Caminhamos pela ponta até chegar perto de um grupo de golfinhos que não se conteve com a nossa presença e nadou livremente.

domingo, 11 de julho de 2010

Trancoso

Para quem gosta de praia deserta, Riacho Doce é ideal. A poucos quilômetros de Itaúnas, chegar na pousada do Celsão é uma emoção a parte. A praia de Riacho Doce é até legal mas achamos que estava um pouco suja. Riacho Doce é um rio que divide a Bahia com o Espírito Santo. Então o local é bem interessante. Dá para estar nos dois estados ao mesmo tempo. Mas o bacana mesmo é bater um papo com o Celsão. Para quem quer sossego, ficar por lá é o que há. Só a pousada e o restaurante do Celsão e nada mais. E olha o Celsão aí:




De Riacho Doce fomos direto para Trancoso. No caminho, passamos por uma paisagem excepcional. Avistamos uma formação rochosa única e logo identificamos que próximo dali estava o Monte Pascal. Estávamos mesmo indo rumo ao descobrimento dos portugueses....




Em Trancoso conseguimos uma pousada bem BBB. Boa, bonita e barata. Pousada Jequitibá por R$50,00 a noite com café da manhã servido individualmente no quarto. Achamos esta pousada graças ao Leonardo. Um dos guias-mirins da cidade. Inicialmente íamos ficar na Mata Nativa: uma pousada excepcional porém a R$250,00 a noite (considerando que temos ainda muito chão pela frente, qualquer economia é bem vinda, né). A pousada Jequitibá fica no Quadrado de Trancoso. O Quadrado é o local onde estão os restaurantes e lojinhas da cidade. É super charmoso! Amei! Ainda não vi os preços das lojinhas, talvez por isto tenha gostado tanto rsss. Dizem que uma casinha pequena no quadrado vale até R$1 milhão. Trancoso está invadida por forasteiros. Nativos mesmo são poucos. Mas tudo bem, a atmosfera é Maravilhosa.
Em Trancoso visitamos a Praia dos Coqueiros, considerada uma das melhoras praias da cidade pois o mar é tranqüilo e as barracas bacanas. Foi relax total. E no resto, SÓ LOVE:



Hospedando em Trancoso pudemos visitar também Arraial D’Ajuda. Eu estive em Arraial há exatamente 10 anos atrás. A cidade está quase que irreconhecível. Fiquei impressionada. Está toda asfaltada e com pousadas , choperias, restaurantes e bares excelentes. Nem parece o mesmo lugar. Uma super estrutura. O Ricardo e eu decidimos ficar na praia do Mucuge, mas visitando a Praia de Pitinga a pé também. Para assistir a final da Copa do Mundo entre Espanha e Holanda, fomos a uma choperia do povoado. Lá conhecemos o Jhony e a Dani. Ele é espanhol e ficou super feliz em ver o Ricardo com a camisa da Espanha no bar. Felizmente a Espanha ganhou e aí foi só festa:

sexta-feira, 9 de julho de 2010

As Dunas de Itaúnas


Bem próximo a Conceição da Barra (na verdade parte do Município) está um local muito bacana: Itaúnas. É uma vila de pescadores de 350 pessoas. Tem ótimas pousadas e restaurantes. Então, no dia 09 seguimos pelos 29 km de estrada de terra (muito boa) até chegar a Itaúnas. Lá, encontramos o Sérgio e a Célia com seus 2 filhinhos que coincidentemente também estavam na nossa pousada em Conceição. Decidimos todos nos hospedar na Pousada Bem-Te-Vi.Por R$60,00 tivemos um quarto legal, pousada com piscina e café da manhã. Tudo novinho.

Itaúnas é famosa por 2 coisas. Considerada Capital Nacional do forró, realiza um festival todos os anos onde mais de 60 bandas de todo o Brasil passam 10 dias disputando o primeiro lugar de melhor música de forró do ano. O festival irá acontecer na semana que vem (uma pena, chegamos um pouco cedo). Mas o clima na cidade já estava todo voltado para o festival.

Além do forró, as Dunas do parque de Itaúnas são muito famosas. Devido ao desmatamento da mata nativa pelos próprios pescadores da região, há alguns anos a vila que ficava a beira mar foi invadida pelas areias da praia. Formaram-se então enormes dunas que cobriram as casas e até a igreja local. Devido a isto a população teve que re-criar a vila um pouco mais afastada do mar.



A vila é super simples, mas charmosa. Comemos no Restaurante do Cizinho um Camarão na Moranga inesquecível. Além disto o Cizinho é muito legal e batemos altos papos com ele. Ele nos deu excelentes dicas de passeios pela região.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

E agora, pra onde?

A jornada começou dia 06 de Julho partindo de Três Corações, MG. Neste dia andamos mais de 800 km até chegarmos a Piúma no ES para dormir. Logo na saída um contra-tempo: levamos uma multa por ultrapassagem em local proibido. Bem, foi o cara do caminhão que encostou e mandou passar mas quem saberia que a polícia estava bem ali, escondida na moita só esperando para nos pegar, né. Ok, passada a contrariedade, tivemos a chance de parar para almo-jantar no Cascudão, entre Muriaé e Itabuna enquanto assistimos, infelizmente, ao Uruguai perder para a Holanda.

No dia seguinte dirigimos um pouco mais porém, desta vez, já fazendo um tour pelo ES. Atravessamos o resto do estado pela Rodovia do Sol. Passamos por dentro de cidades como Anchieta, Meaípe, Guarapari, Vila Velha, Vitória, Linhares, São Mateus até chegarmos a Conceição da Barra, nossa próxima parada.

Conceição da Barra nos surpeendeu. É um vilarejo muito agradável, com uma mistura de Rio e Mar. Assistimos ao jogo entre Alemanha e Espanha no Casarão do Cais. Lá pudemos comer uma porção de pescadinho recém chegado do mar (delicioso) e uma maravilhosa moqueca de lagosta. Ficamos hospedados na Pousada do Sol. Uma pousada muito arrumadinha, com piscina e várias facilidades (www.pdosol.com.br). Recomendamos!




Hoje o dia amanheceu nublado. Logo no café da manhã uma surpresa. Conhecemos 2 simpáticos casais de senhores uruguaios que estão fazendo a mesma coisa que nós dois: viajando sem rumo certo e sem muito planejamento. Eles provavelmente ficarão apenas algumas semanas mas já estavam na estrada há 6 dias seguidos, só parando para dormir, para chegar até aqui. Certamente devemos nos cruzar novamente durante o nosso trajeto. Seria legal!



Conceição da Barra tem até uma boa infra-estrutura. O único problema é que o mar invadiu parte da cidade e praticamente acabou com a praia da Barra. A prefeitura está tirando areia do rio e colocando na praia para refazer esta parte de cidade e também conter o mar. Espero que esteja tudo recuperado até o verão.