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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Barra Grande e a guerra dos mosquitos!

A 50 km de Itacaré está Barra Grande, um pequeno povoado que faz parte da península do Maraú. É possível ir até lá de carro partindo de Itacaré, mas a estrada estava ruim então decidimos ir de carro até Camamu e de lá pegar um barco que após 1 hora e meia atraca na península. A viagem é até agradável.

Barra Grande é em alguns aspectos parecida a Caraíva: ruas de areia, povoado simples e menor infra-estrutura que nos demais locais. Mesmo assim encontramos boas opções de pousadas e restaurantes. Resolvemos passar a noite por lá para poder visitar no dia seguinte a praia de Taipu de Fora onde se forma, na maré baixa, uma piscina natural maravilhosa. Fomos informados pelos moradores de que a maré baixa do dia seguinte seria às 5 horas da manhã e duraria algumas horas. Fomos dormir cedo com a intenção de no dia seguinte caminhar os 10 km de praia entre Barra Grande e Taipu de Fora e chegar a tempo de visitar a piscina natural.


Até aí tudo bem. O problema foi dormir. Os pernilongos não nos deixavam em paz. Porque será que eles gostam de sobrevoar o nosso ouvido? Podiam só sugar nosso sangue em silêncio e cair fora, né?

De madrugada, desesperados e sem dormir, levantamos para passar repelente no corpo todo já que o Protector não estava funcionando. Mas os pernilongos persistiram. Não teve jeito. As 4:30 da manhã a cena era a seguinte: Ricardo e eu com toalhas em punho fuzilando pernilongos nas paredes do quarto. Matei um! Mais um! E assim fomos até nos darmos conta do horror de sangue espalhado nas paredes. Já eram 6 da manhã. Muitos pernilongos ainda estavam lá. Ah, descobri que um dos motivos de termos tido tanto trabalho com eles foi porque o Ricardo colocou o Protector na tomada mas esqueceu do detalhe mais importante: o refil. Já estávamos exaustos de matar pernilongos e não conseguir dormir. O jeito foi mesmo aproveitar o nascer do sol e iniciar nossa caminhada.

Confesso que agüentei os 10 km de caminhada sem ter dormido nem tomado café da manhã só pela ansiedade de visitar Taipu de fora. Todos falaram maravilhas do lugar e as fotos são inacreditáveis.

Bom, nem comento minha decepção ao chegar lá e descobrir que a piscina só se formou exatamente entre 5 e 6 da manhã naquele dia. Como já eram 8 da manhã tive que me contentar com uma praia bonita, porém deserta e normal já que o mar havia subido e a piscina estava encoberta. Para piorar um pouco, eu estava faminta e nenhum café da manhã era servido lá (há restaurantes, mas só para almoço) e o transporte de volta ( que é uma jardineira), só passava com certeza no final da tarde. Nossa outra opção era voltar andando, porém meu excelente preparo físico e a subida da maré dificultavam um pouco esta opção. Moto- taxi nem pensar porque a estrada estava tão ruim que carro pequeno não passava.

Graças a ajuda da dona do Restaurante das Meninas conseguimos contratar uma jardineira para que fosse nos resgatar as 9:30 da manha, e ainda chegar a tempo de devorar o café da nossa pousada. As 11:10 já estávamos no barco em nosso trajeto de 1hora e meia de volta a Camamu para pegar o carro e seguir viagem até Valença onde pegamos outro barco que nos levou a Morro de São Paulo. Ufa, que dia!





Barra Grande, apesar dos pernilongos e de não termos visto a piscina natural, é muito linda. Um dos poucos lugares de beleza exuberante ainda não muito visitados. Valeu muito pelo belíssimo pôr-do-sol que vimos da Ponta do Mutá e também pelo Arrumadinho de charque e feijão que comemos no restaurante Dona Senhora.

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