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quarta-feira, 28 de julho de 2010
Boipeba
Para chegar a Boipeba tivemos que um pacote de passeio que dá uma volta na ilha. É também uma lancha rápida e no percurso paramos em Cairu (Boipeba faz parte de Cairu). É a segunda cidade mais antiga do Brasil. Lá, fomos visitar o Mosteiro Franciscano. Lindíssimo mas ainda está em restauração. E pelo visto há muitos anos. Alguns dos casarões mais antigos da vila nem sequer estão tombados. É uma pena não preservarmos nossa história....
De Cairu o barco segue para Canavieiras, uma pequeníssima vila de pescadores que se dedica a produção e venda de ostras. Eles armam espécies de barracas flutuantes bem no meio dos canais onde cultivam as ostras e recebem os turistas para degustá-las. Super interessante.
Para chegar a Boipeba, o condutor da lancha parecia costurar o rio em um zig-zag suave mas preciso. Sem entender o motivo de tantas idas e vindas, apenas nos divertimos. Bom, isto foi até sabermos o nome do rio: Rio do Inferno. Por algum motivo ele deve ter este nome.
No outro dia, com a maré baixa, pudemos entender o motivo dos zig-zags e do nome do Rio. Nele há enormes bancos de areias só visíveis com as águas baixas. Na maré alta, só mesmo a destreza dos navegadores para evitar que a lancha encalhe. O nome do rio se deve em parte a isto. Na época da colonização, os Holandeses estavam tentando tomar a região. Como em Morro de São Paulo há um forte, eles não conseguiam passar. Então descobriram o caminho por trás da ilha que passa por este rio. Acontece que as embarcações acabavam todas encalhando nos bancos de areia. Como nas margens dos rios existiam índios canibais, já dá para imaginar o resultado né.
Boipeba é uma ilha especial. Muita natureza e praias exuberantes. Logo na chegada, após nos acomodarmos, decidimos dar uma olhadinha ali do lado, sabe...aquele ali de mineiro. Mas acabamos caindo numa praia deserta. Lá encontramos vários pedaços de corais e conchas lindas. O Ricardo decidiu iniciar uma coleção destes itens para montar um aquário no Rio. Catamos alguns corais grandes e pesados. Distraídos, não nos demos conta de que a maré foi subindo. O jeito foi encarar algumas trilhas no meio do mato que caiam na praia e depois no mato de novo, até entrarmos em pânico. Estamos perdidos! O jeito foi rezar. Aí ouvimos vozes e risos de crianças. Eram turistas estrangeiros andando pela praia encarando a maré alta. Mal sabíamos que estávamos já do lado da praia da cidade. Ufa, foi um alívio chegar.... Ah, e ainda com os corais na mão. Um turista até perguntou se estávamos pagando promessa...
Na ilha havia uma quantidade enorme de espanhóis. Acontece que eles estavam lá a trabalho. Estão filmando um reality show para um canal espanhol que será exibido por lá em Setembro. São 3 meses de gravações na ilha. Se chama “La Posada” e se trata de vários casais que passam por várias provas de adaptação. Os vencedores terão direito a arrendar uma pousada na ilha por 1 ano. Não deve ser mau negócio não, viu.
No outro dia fomos conhecer o outro lado da ilha, a praia de Moreré. O único jeito de chegar até lá é de trator. Conhecemos um pessoal de São Paulo e dividimos o transporte coletivo. A praia é linda!
Comemos umas lagostas recém pescadas.
Mas para quem for a Boipeba, não deixe de comer uma moqueca de camarão com banana da terra no restaurante Panela de Barro. É maravilhosa!
Achamos que no dia seguinte já era hora de seguir viagem. Mas, pra onde?
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